CAMPEÃO NACIONAL de Arlequim Português

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março 30, 2010

Rejeição das Anilhas

“Tenho sido reiteradamente constatado um problema que surge praticamente todos os anos em quase todas as criações.

Quando os filhotes são anilhados aos 6 ou 7 dias, a mãe atira-os fora do ninho, causando inúmeros transtornos, desde a morte dos mesmos, passando pela fratura de suas patas, etc.

A sensação é de desespero, raiva e impotência, pois de nada adianta colocar os filhotes novamente no ninho, que ela tornará a "rejeita-los".

Todas as canárias que tomam a atitude acima citada são excelentes mães e podemos observar que a evolução dos filhotes antes do anilhamento é muito boa.

Quando os filhotes nascem, e durante os 7 a 10 dias, defecam dentro do ninho, sendo a mãe a encarregada de retirar do ninho as próprias fezes dos filhotes, assim como qualquer outra nele presente.

Uma vez passados esses dias, os filhotes mais crescidos, tomam a atitude instintiva de defecar na beira do ninho e depois fora dele.

Quando isto ocorre, a canária já não se preocupará mais com a limpeza do ninho.

Algumas fêmeas são mais esmeradas que outras já na tarefa da limpeza do ninho, e são estas mães que tem mais propensão a rejeitar as anilhas.

O processo é simples :

Anilhamos os filhotes e os colocamos dentro do ninho.

A canária vê dentro do mesmo um agente estranho e tenta tirá-lo para fora, sendo que junto com ele, irá o filhote para o chão da gaiola.

Como solucionar este problema ?

As soluções decorrem da análise das causas que o provocam.

O nosso principal objetivo será então o de inibir que a fêmea atire os filhotes fora do ninho no momento de anilhar os filhotes.

Em primeiro lugar, o anilhamento deve ocorrer no momento em que a anilha entra justo na pata sem magoar o filhote e não antes disto, pois quanto antes, mais possibilidades existem de que a fêmea rejeite a anilha.

Aconselhamos utilizar sempre anilhas de 3,0 que é a maior medida permitida para canários de cor, pois as anilhas menores implicam num anilhamento mais precoce e com isso com maior risco de rejeição.

Caso a canária rejeite a anilha, podemos trocar o ninho.

Escolhemos um ninho de outra gaiola que possua filhotes maiores e tenha bastante fezes nas suas bordas.

A canária imaginará então que os filhotes já estão defecando fora do ninho e abandonará a sua missão de limpar o mesmo.

É muito difícil que tomando esta medida a canária insista em retirar as anilhas do ninho, mas caso isto ocorra, podemos trocar também os filhotes com outra canária, cuja ninhada tenha nascido 2 ou 3 dias antes.

Colocando filhotes com 10 à 12 dias de vida, ela terá mais dificuldade para atira-los fora do ninho.

Desta forma, ela será incentivada a abandonar o instinto de limpeza do ninho.
Tenho visto alguns resultados positivos disfarçando as anilhas, cobrindo os com band-aid cor da pele.

Também tem efeitos satisfatórios a costura de várias anilhas em volta do ninho desde o inicio do choco daquelas fêmeas que não aceitam, fazendo com que elas se habituem antes dos filhotes terem nascido.

Tenho ouvido de alguns criadores que a solução seria a de sujar as anilhas com fezes antes do anilhamento para disfarçar as mesmas, mas se analisarmos a lógica do porque deste problema perceberemos que esta última solução não tem possibilidades de ser bem sucedida.

A perda do filhote durante a criação é sem dúvida a coisa que mais nos chateia e principalmente quando eles estavam crescendo fortes e sadios. "

Álvaro Blasina
Juiz de Cor

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